Rejeição a Nayara mostra os perigos da nova aposta dos BBBs: a “representatividade”

  • Por Jovem Pan
  • 21/02/2018 11h51
Divulgação/TV Globo

Na noite desta terça-feira (20), Nayara foi eliminada do Big Brother Brasil 18 com mais de 92% dos votos – maior rejeição já registrada na história dos Paredões Triplos do reality show. Embora a eliminação possa ser atribuída a algumas características de personalidade da participante que podem ter incomodado os espectadores, como um suposto tom de arrogância, o altíssimo índice mostra que ela fez mais do que isso. E se você assiste ao programa, provavelmente já sabe do que estamos falando: o inapropriado uso da “representatividade”.

“Foi importante o Tiago Leifert levantar esse ponto. Não só a Nayara, mas outros participantes também estão com esse discurso. ‘Eu represento o norte’. ‘Eu represento os gays’. Só que você não compra representatividade. Você ganha! É o público que tem que te eleger e não você se colocar isso”, explicou Vinicius Moura no Morning Show desta quarta (21). “A Nayara tinha um discurso de defesa das mulheres e dos negros, mas isso não condizia com suas atitudes”, completou.

Ao citar o apresentador do BBB, Vini se referiu  à fala de eliminação feita por ele durante a noite. Antes de revelar quem deixaria o programa, Tiago deixou claro, com todas as letras, que os  competidores podem se afundar cada vez mais se continuarem levantando falsas bandeiras.

“Nessa edição a casa está com uma outra ‘nóia’. Vocês não são vocês aí dentro, vocês representam algo. Eu represento a comunidade X. O fulano representa a comunidade Y. Deixa eu falar a real: ninguém aqui fora deu uma procuração para vocês representarem alguém. Vocês não tem certeza de nada. Não sabem se esse grupo que vocês dizem representar estão votando para vocês saírem. É perigosíssimo esse negócio”, afirmou na ocasião.

Durante a conversa do Morning, os integrantes da bancada relembraram ainda que um dos argumentos usados pela participante eliminada para defender suas “fofocas” dentro da casa era o de que, por ser jornalista, ela tinha que fazer sempre um “trabalho de apuração” das informações. “E ainda por cima queimou o filme dos jornalistas”, brincaram. 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.